O aparecimento desta raça perde-se no tempo, alguns autores apontam para a sua possível origem Celta, através do cruzamento dos troncos bos tauros aquitânicos, bos taurus ibericus e bos taurus atlanticus. Estes troncos originaram do cruzamento e desenvolvimento do primitivo bos primigenius.
As primeiras referências à raça Arouquesa surgem num relatório da Sociedade Agrícola do Porto, de 1856, onde constam imensos elogios à grande capacidade de trabalho destes animais nas zonas declivosas do Douro Vinhateiro, assim como a sua capacidade de engorda.
Silvestre Bernardo de Lima, na data de 1858 começa a caracterizar a raça Arouquesa, distinguindo 4 ecótipos. Nas subsequentes 5 décadas, diversos autores definem as características da raça, chegando a consenso em relação aos ecótipos. De 4 inicialmente caracterizados por Bernardo de Lima, distinguiram apenas 3 ecótipos:
– os arouqueses de S. Pedro do Sul ou sulanos, o ecótipo mais abundante em indivíduos;
– os paivotos;
– os caramuleiros.
Em 1949, Miranda do Vale classificou a raça Arouquesa como um grupo polimorfo, com uma excelente aptidão para a produção de leite, visando o elevado teor butiroso para a produção de manteiga e produção de carne, assinalando que “é no talho que o gado arouquês melhor memória tem deixado”